Você é sempre o silêncio, esta é a sua essência. Mas você se esqueceu disso, pensando que é mil e uma coisas diferentes que você não é. Mas no seu centro, você é aquele que sempre foi.
Quando todas essas milhares de ideias e sonhos se vão, quando você não está mais poluído com nenhum pensamento ou mente, então você pode sentir pela primeira vez como é viver uma vida em liberdade.
O silêncio chegou na Dharma Mountain. Ele revela os sons silenciosos da natureza, muitas vezes abafados pela agitação e pelo barulho da vida moderna. O som das andorinhas cantando enquanto seguem umas às outras, brincando pelo céu. O som da nossa própria respiração, constantemente nos trazendo de volta para nós mesmos enquanto nos sintonizamos ao seu ritmo profundo e pacífico.
O silêncio da lua cheia, símbolo do mestre, trazendo luz ao caminhos dos discípulos. O silêncio para ouvir as palavras do Amado à medida que ele as solta nas águas calmas da nossa consciência, espalhando ondulações de consciência na luz do sol brilhante do seu amor.
Sentando em silêncio, sentimos a nossa presença. Comendo silenciosamente, percebemos o nosso sabor. Na caminhada em silêncio, nos conscientizamos do nosso caminho. No ‘fazer’ silencioso, encontramos o nosso centro.
Neste silêncio sagrado, tudo se torna mais claro, mais focado, mais real. Os truques da mente são ouvidos mais facilmente. Não há lugar para ela se esconder. O silêncio amplifica as suas divagações, as suas tentativas constantes de tirar-nos do momento, entrando nas ilusões do passado e do futuro, na tentativa de nos encher de dúvidas, preocupações e medos.
No silêncio do agora, há um espaço para enxergar claramente, para respirar profundamente e permitir que a paz transborde através de nós. Então entramos em maior sintonia com o silêncio do Buda – vigilante, silencioso, eterno.