Amado Mestre,
Antes de vir pra cá, minha mente estava me perguntando “Por que viajar tão longe para ficar em silêncio?…para meditar?… A capacidade de ficar em silêncio está dentro de você, onde quer que você esteja.” Todo esse bla, bla, bla…
Hoje, aqui, olhando os raios do sol brincando com os cristais na neve, sentindo o toque aveludado da minha roupa, e a leveza do ar que penetra e expande meu peito… a doçura do simplesmente ser… eu entendi meu Amado!
Sua presença permeia tudo… ela permeia todo o meu Ser, e ela acorda minha capacidade de enxergar, de sentir e de ouvir o silêncio. É por isso que eu vim, para esse encontro com a magia do momento, para esse encontro com Deus!
Perto de você eu me torno aberta, vulnerável, e seu amor, sua beleza me tocam, me transformam, e acordam aquilo que há de melhor em mim… vida, amor.
Isso acontece cada vez que eu te encontro, mas aqui está mais forte, talvez por eu estar longe dos padrões que tenho no Brasil.
Mas isso é tão forte, tão extasiante… por que será que eu me esqueço? Por que que depois de algum tempo lá eu volto a ouvir os meus pensamentos?
Como eu posso esquecer do Buddha, da experiência de êxtase? Que mecanismo louco de me abrir e me fechar!
Mas de qualquer forma, eu reafirmo minha intenção de ficar cada vez mais conectada, e de ir mais fundo. E eu agradeço a tudo o que me trouxe até aqui, mesmo os momentos escuros que me deram o impulso para transcender, ir mais fundo e me entregar.
Eu quero ir além, além do que posso ver ou sentir. Estou na beira do tempo e do espaço, vibrando.
Vibrando em gratidão e amor,
A você e ao Osho! A todos os Buddhas!
Com amor,
G.