Nesta última semana, trilhamos o caminho do místico em silêncio. Mas nesse mundo paradoxal dos iluminados, o silêncio é preenchido pela fala. Falar a partir do silêncio, em silêncio, tem uma energia especial. Não é a fala tagarela da mente de macaco, mas a voz interior, falando a partir de um desejo de descobrir “Quem sou eu?”
E é assim que o mistério se revela. Um amigo perguntando ao outro “Quem é você?”
A pergunta ressoa, provocando respostas do fundo do nosso ser. Tocamos espaços em nós mesmos que já havíamos esquecido. Encontramos respostas que não imaginávamos que poderíamos expressar.
A cada pergunta, vamos um pouco mais fundo. Começamos a questionar nossas ideias sobre quem somos e a estrutura em que nos definimos. Não estamos apenas questionando tudo; estamos questionando exatamente aquilo com o que convivemos todos os dias. O “eu” que está no centro de tudo o que dizemos ou fazemos.
Aos poucos, começamos a enxergar além das ideias e condicionamentos que nos tornam quem pensamos ser.
Aos poucos, começamos a perceber que todos nós estamos no mesmo barco, juntos nesta jornada de volta a nós mesmos.
A linguagem é necessária para se comunicar na superfície, mas esperançosamente, você irá mais fundo do que a linguagem. Então você compreenderá tudo.