O silêncio se assentou na Dharma Mountain. Depois de duas semanas com o mínimo de comunicação, estamos aptos a enxergar melhor tudo o que é criado pela mente. Camada por camada, descascamos as ideias de quem pensamos ser, apoiados por uma variedade de meditações.
E aos poucos, o observador em nós mesmos vem à tona. Observando a mente e os seus truques. Observando as ideias – sobre nós mesmos, sobre os outros. Observando as emoções, o sorriso, a lágrima, que está presente em nós.
Observando nosso pé descalço, encontrando o chão. A canção dos pássaros, o som mutante do rio – distante, perto.
Observando, e não sendo tão levados pelo que observamos.
A paz do silêncio. O silêncio da paz.
Agora, podemos parar.
E curtir a nós mesmos, mais limpos, puros. Mais o nosso Eu real.
Mais pertos do Amado.
Que vida abençoada!
Quando eu digo parar, significa parar a tagarelice mental. Não se involva, aprenda a arte do testemunhar, de observar a mente. Significa não estar identificado com os pensamentos. Isso é o que significa parar.
E então, a partir deste sentar fazendo nada – relaxando no seu ser – o silêncio pode surgir, com uma nova consciência que normalmente está escondida pela tagarelice mental. Aí o silêncio virá e te beijará. E ele só fará isso quando você estiver pronto e disponível.
Vasant Swaha