Seguindo a receita dele

A “Satori Kitchen”, cozinha da Dharma Mountain, lidou com um número recorde de participantes durante o retiro de verão. Muitos sannyasins estão envolvidos nas atividades que tornam possível servir comida deliciosa, saborosa e fresca para todos.

Perguntamos a alguns deles como foi e o que o trabalho na cozinha significa para eles:


Ashika
Equipe de planejamento de cozinha

Meu coração e minha vida

Nunca houve tantas pessoas comendo na Dharma Mountain como nesse verão! Tivemos cerca de 160 pessoas almoçando; antes, tínhamos cerca de 120. A quantidade de café da manhã servido era cerca de 100; antes, servíamos cerca de 65. Então, o time se reuniu para analisar como poderíamos receber todos e como isso afetaria os processos da cozinha: se tínhamos trabalhadores suficientes, lugar suficiente para armazenar alimentos, e muitas outras coisas. Precisamos comprar mais utensílios para servir e equipamento de cozinha e encontramos soluções para fazer compras e armazenar de forma mais inteligente. Recebemos algumas sugestões dos cozinheiros e dos assistentes para fazer as coisas fluírem melhor durante os horários de serviço. E funcionou bem! É claro que, às vezes, o salão ficou lotado, mas fluiu bem.

Trabalhar na cozinha da Dharma Mountain é meu coração e minha vida. Isso é claro. E é uma bênção trabalhar a partir desse espaço.


Kazuya
Cozinheiro e assistente

Hora da diversão

Tudo se resume a seguir a receita. Me sinto pertencente à cozinha, à Sangha, ao Babaji.
Ele é o chef! Quando estou trabalhando na cozinha, eu é que sou cozido. Neste retiro, estamos cozinhando para muitas pessoas, e tem sido uma dança na cozinha! Tantos times coexistindo e passando por ali. Café da manhã, almoço, corte de legumes, confeitaria, lavação, jantar, frutas. Para mim é uma oportunidade de presença, consciência e relaxamento. Planejamento, responsabilidade, trabalho em equipe e amor. Quando estamos prestes a começar a servir, costumo dizer: “É hora da diversão!”.

Gratidão, Amado Babaji!


Farooq
Assistente

Amor e consciência

Para mim é muito especial trabalhar na cozinha. O que aprendo são estes dois: amor e consciência. Ambos estão ali na cozinha. Sinto amor pelos amigos trabalhando juntos, pela comida, pela qualidade do amor e da união. Me sinto tão aberto ali. Há também a consciência, a necessidade de estar focado, presente, alerta. No começo, eu não conseguia me reconhecer, porque na vida cotidiana não sou sempre assim — tenho minhas ideias, posso me fechar —, [1] mas na cozinha, algo especial acontece. Fico aberto, saio do caminho, sem ideias. Aprendo na cozinha a estar no amor, na alegria e na consciência ao mesmo tempo. Vejo que posso trazer isso mais para minha vida cotidiana. A cozinha é uma oportunidade preciosa para praticar. Estou trabalhando ali, fazendo uma comida linda, mas ao mesmo tempo, trabalhando para algo maior.