Curvar-se em mistério

Amado Swaha

A vida é um mistério.

Na última pergunta desta noite em Satsang, quando o discípulo pediu para tocar seus pés e você disse sim, quando ele veio até você e você se preparou para recebê-lo, o tempo parou. A porta para o atemporal se abriu, e parecia que todos os mestres do passado que trabalharam pela iluminação da humanidade estavam ali, abençoando aquele discípulo, você e todos nós.

O perfume de dez mil pétalas de rosas encheu o templo enquanto a humildade e a sinceridade daquele discípulo continuavam a chover bênçãos.

Em seguida, ele retornou ao lugar dele, você saiu e aquilo se tornou uma memória tomada por anseio, beleza e a essência do caminho e da relação mestre/discípulo.

– Jamie

A beleza de realmente estar com um Mestre é a beleza de se curvar. É um modo de perder seu ego, de deixar ir. E o mestre simplesmente está ali, ele permite isso. Ele não pede por isso, mas está disponível. O Mestre só quer ajudar todo mundo a acordar. A se perder. E isso é o que acontece quando você realmente se curva. Você desaparece como um alguém. Você desiste. Então, o milagre dos milagres acontece: você está no reino do Mestre, não existe separação, há unicidade. Você perde o falso – sua assim chamada identidade – e as portas do divino se abrem.

É tão lindo. Você não pode tocar, mas pode sentir, pode sentir o aroma. Ele está no ar.

– Vasant Swaha

O Zen não é um ensinamento, porque ele sabe que você está adormecido. A principal coisa não é ensinar você. A principal coisa é acordá-lo. O Zen é um alarme. Um verdadeiro Mestre é um despertador. Sua função é totalmente diferente da de um professor. Sua função é muito mais difícil. E são muito poucas as pessoas que conseguem ficar com um Mestre, porque acordar depois de milhões de vidas não é um feito comum. É um milagre.
– Osho